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Sinopse:
Estaremos porventura hoje em melhores condições para entender o título que Rodrigo de Castro deu ao seu livro, medicus politicus. Trata-se de saber qual a função da medicina dentro da pólis, da cidade, e, por conseguinte, como é que o médico pode alcançar a sua perfeição individual no seio da comunidade em que vive. Para Rodrigo de Castro é evidente que a medicina é uma actividade social ou, se quiserem, política, e que, por conseguinte, o médico não pode lograr a sua perfeição moral individualmente, autonomamente, mas tão-só no interior da sua comunidade natural. Só aperfeiçoando esta se aperfeiçoará a si mesmo.
Diego Gracia
Índice:
Rodrigo de Castro, Medicus Politicus Diego Gracia
A perfeição da arte médica Adelino Cardoso
O MÉDICO POLÍTICO
Livro Primeiro
Capítulo I. Argumento da obra e propósito do autor Capítulo II. Definição do médico e da medicina – O médico deve ser racional Capítulo III. É preciso que o médico não só seja, mas seja considerado um homem bom e sábio Capítulo IV. Refuta se a seita dos Empíricos Capítulo V. Apresenta se e refuta se a seita dos Metódicos Capítulo VI. Expõe se e rejeita se a seita dos Químicos Capítulo VII. Contra aqueles que sustentam que nem os médicos nem a medicina fazem falta à República Capítulo VIII. Refutam se, além do mais, várias razões dos adversários contra a medicina e contra os médicos Capítulo IX. Esclarece se passo do Eclesiastes segundo o qual a medicina pertence a Deus Capítulo X. A ciência do médico é nobre. Que lugar ocupa na ordem das ciências Capítulo XI. Compara se a arte médica com a arte militar e com a agricultura Capítulo XII. Comparação da jurisprudência com a medicina
Livro II
Capítulo I. Ciências necessárias ao médico Capítulo II. Se a astrologia é útil e necessária ao médico Capítulo III. É conveniente que o médico seja cirurgião Capítulo IV. É indecoroso que o médico exerça as funções de farmacêutico Capítulo V. Que lugar há de ter na medicina cada uma das referidas disciplinas Capítulo VI. Origem e progresso da arte medica Capítulo VII. Compara se a medicina com a agricultura e discute se por que razão deve ser cultivada Capítulo VIII. Os três géneros de ciência Capítulo IX. Que autores se devem compulsar e qual deve ser a biblioteca do médico Capítulo X. Se, em razão da experiência, um velho médico é mais eficiente do que um jovem Capítulo XI. Deve preferir se a razão à autoridade Capítulo XII. Compara se a arte com a natureza e com a prudência natural Capítulo XIII. O costume. E se na cura deve ser tido em conta o seu ponto de vista Capítulo XIV. Compara¬ se a sorte com a arte e explica se o que ela é Capítulo XV. Se os médicos com saúde perfeita são mais úteis do que os médicos com doenças e os ricos, do que aqueles que têm menos fortuna
Livro III
Capítulo I. Vícios que o médico deve evitar acima de tudo Capítulo II. Avareza, soberba e inveja são vícios que o médico deve evitar acima de tudo Capítulo III. Virtudes de que convém que o médico seja dotado Capítulo IV. Modo de vestir, aparência e acesso do médico ao doente Capítulo V. Primeiro contacto do médico com o doente: a atenção, a cautela, sagacidade, a providência que deve observar Capítulo VI. Alguns preceitos muito úteis quanto às acções do médico para com os pacientes Capítulo VII. A providência e a cautela do médico em relação ao prognóstico, por cuja razão se relatam alguns casos imprevistos e inesperados Capítulo VIII. Até que ponto e em que circunstâncias devem os doentes ser gratificados Capítulo IX. Se é licito que o médico engane o doente por razões de saúde Capítulo X. A uromancia ou inspecção das urinas. Revelam se fraudes várias de charlatães e erros do vulgo Capítulo XI. Exercício de julgar a partir da urina, ou os cuidados a ter com a observação da urina Capítulo XII. Qual a parte dos doentes ou qual a parte dos assistentes no tratamento das doenças Capítulo XIII. Como deve proceder o médico com aqueles que não estão em seu perfeito juízo Capítulo XIV. Não se deve visitar os doentes, a não ser que o peçam. Por quanto tempo se devem visitar aqueles que o pedem Capítulo XV. É lícito ao médico negar ajuda a quem lha pede? Capítulo XVI. Se é vantajoso desprezar os ingratos; e que o médico exerça, por vezes, outras artes Capítulo XVII. Devem os incuráveis ser definitivamente abandonados? Capítulo XVIII. Não deve assumir se a cura de doenças incuráveis e quais elas são Capítulo XIX. Não deve ser recebido para tratamento um grande número ao mesmo tempo Capítulo XX. Será que as conferências dos médicos são úteis? Por que razão se devem fazer? Capítulo XXI. Como deve o médico comportar se ao receber a retribuição Capítulo XXII. Os magníficos estipêndios dos médicos Capítulo XXIII. Pode um médico ser levado à justiça e sofrer uma pena por remédios mal administrados? Capítulo XXIV. O conhecimento do verdadeiro e do falso médico
Livro IV
Capítulo I. O Encantamento Capítulo II. Os Filtros Capítulo III. Alexíacos, ou seja, Curandeiros Capítulo IV. O corpo humano tem uma espantosa semelhança com o céu e com o mundo inferior Capítulo V. O mundo tríplice e porque no homem se encontra a mais bela imagem de cada um Capítulo VI. O corpo humano mostra uma extraordinária semelhança com uma República bem governada Capítulo VII. As propriedades ocultas de algumas coisas Capítulo VIII. Fica bem a um médico experiente e sábio a piada, o dito jocoso? Capítulo IX. De que modo podem ser desmascarados aqueles que simulam a doença Capítulo X. Método de testemunhar sobre aqueles a quem foi dado veneno Capítulo XI. Normas para atestar nos ferimentos na cabeça e em relação àqueles que foram afogados Capítulo XII. Como se reconhece a virgindade perdida e a esterilidade de cada um dos cônjuges Capítulo XIII. Modo de se pronunciar sobre escravos a serem transaccionados Capítulo XIV. Para se mostrar que a música se usa nas doenças de maneira não menos útil do que honesta e prudente, avançam se os seus encómios Capítulo XV. Assinalam se e rejeitam se os abusos da música Capítulo XVI. Comprova se a excelência e a utilidade da música com razões, com testemunho de autores e com experiências
O AUTOR: Rodrigo de Castro (1546-1627), filho de António Fernandes de Castro, médico, e de uma senhora de apelido Vaz, que tinha três irmãos médicos, nasceu em Lisboa, formou-se em Salamanca, exerceu medicina na sua cidade natal, mas se notabilizou como médico e como autor em Hamburgo, cidade onde se fixou por volta de 1590, após uma curta passagem por Antuérpia, para fugir à perseguição movida aos judeus por Filipe II de Espanha, que anexou Portugal no seu Reino.
Detalhes:
Ano: 2011
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 302
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-096-4
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