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Sinopse:
“(…) a presente crise do capitalismo e as políticas de destruição económica e de regressão social com que os poderes estabelecidos a tentam fazer pagar por parte do mundo assalariado recolocam dramaticamente no centro dos debates dos dias de hoje as questões da condição actual do trabalho assalariado e dos caminhos das suas lutas de resistência e emancipação. O capitalismo triunfante e arauto do esplendor da tecnologia, afinal, mostra-se mais parasitário, especulativo e predador do que nunca, tentando conjugar a digitalização do século XXI com a regressão a formas de arbítrio e exploração do trabalho dignos do século XIX. O proletariado afinal não desapareceu, mas provavelmente multiplicou-se e complexificou-se por um vasto mundo de novos trabalhos assalariados marcados pela precariedade e pela negação de direitos fundamentais tão duramente conquistados. Um proletariado que, seguramente na acção, tem de articular-se centralmente com o oceano do precariado. (…)
(…) regressa em força a actualidade dos estudos do trabalho, da sua condição, da sua luta passada e actual. É urgente, aliás, convocar essas memórias e esses saberes. É muito mais fácil impor hoje aos trabalhadores da indústria automóvel europeia as 10 ou 12 horas de trabalho diário, se eles não souberem, se lhes roubarem a memória dos rios de sangue que tiveram de correr para, batalha a batalha, se conquistar a jornada das 8 horas de trabalho”.
Fernando Rosas
Índice:
Agradecimentos
Discurso do Professor Fernando Rosas na Conferência de Abertura do Congresso Internacional Greves e Conflitos Sociais no Século XX.
Discurso do Professor Serge Wolikow na Conferência de Abertura do Congresso Internacional Greves e Conflitos Sociais no Século XX.
Greves Marcel van der Linden
Setúbal republicana – quando as fábricas transbordavam de greves Albérico Afonso
As comunidades industriais no alvorecer do associativismo operário português Joana Dias Pereira
Sindicalismo livre e I República. Percursos paralelos, convergências efémeras (1908-1931) Luis Farinha
O 18 de Janeiro na história das ideias Ângelo Novo
“Temos Fome, Temos Fome”: resistência operária feminina em Almada durante o Estado Novo Sónia Sofia Ferreira
As greves no Litoral Norte português no agitado Verão de 1958 Ana Sofia Ferreira
A militância possível. Sociologia das condições sociais de possibilidade do militantismo operário no Porto (1940-1974) Bruno Monteiro
Lutas operárias no Porto na segunda metade do século XX Teresa Medina, Natércia Pacheco, João Caramelo
Terra e liberdade. Experiências de reforma agrária em Portugal no século XX Dulce Freire
O declínio das greves rurais e a evolução do PCP nos campos do Sul João Madeira
Conflitos sociais na base da eclosão das guerras coloniais Dalila Cabrita Mateus
Greves e conflitos sociais na Lisnave Jorge Fontes
A greve que mudou a revolução: luta laboral e ocupação da Rádio Renascença, 1974-1975 Paula Borges Santos
Greves na Revolução dos Cravos (1974-1975) Raquel Varela
Lutas sociais e nacionalizações (1974-75): “A banca ao serviço do povo” Ricardo Noronha
Biografias dos autores
Detalhes:
Ano: 2012
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 242
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-188-6
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