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Sinopse:
Sendo assim, docentes e alunos – bem como outros mártires desta modernidade que nos incumbe viver e, dentro dos possíveis, tornar viável – encontram-se nas trincheiras de uma humanidade ainda por inventar e amparar; situam-se na linha de frente de um agon que vai decidindo a toda a hora quem nós somos, qual a natureza da nossa liberdade e dignidade, como havemos de viver amanhã e o que devemos dizer uns aos outros em nome desse imperativo de sermos mais (do que hoje somos), visando sempre a verdadeira mobilidade transformadora – amorosamente destrutiva e/ou criativa – em radical contraste com essas forças de mobilização da Engrenagem. Recorde-se que a mobilização (que pertence à lógica da Engrenagem que nos esmaga) deixa no seu rasto a arregimentação da sensibilidade. Tal arregimentação acarreta, por sua vez, a redução – por definição, mutiladora – dos campos semióticos do ser ainda por imaginar. A Engrenagem quer obrigar-nos a ser menos do que humanamente somos e humanamente podemos chegar a ser.
Índice:
O PRÓLOGO: em torno deste vade-mécum para quem deseje ler uma espécie de manifesto pedagógico, ou diário íntimo de um docente que decidiu escrever com os pés (já que as suas mãos se encontram atadas), ou, ainda, a confissão de um esperançoso crónico.
O GLOSSÁRIO: uma pequena bússola em forma de prosa a fim de esclarecer o léxico assumidamente (e amorosamente) obsessivo do autor.
O CALENDÁRIO: Dois dias destacados de cada um dos Doze Meses do Calendário da República Francesa, anos 219-220 a contar de 1792, época da Convention Nationale sob a égide dos Jacobinos. O calendário deve-se à colaboração do matemático Gaspard Monge, o astrónomo Alexandre Guy Pingré, o astrónomo Joseph Jérôme Lefrançois de Lalande, o químico Louis-Bernard Guyton de Morveau, o matemático e astrónomo Joseph-Louis Lagrange, o poeta Fabre d’Églantine e o jardineiro do Jardin des Plantes du Musée National d’Histoire Naturelle de Paris, André Thouin.
Incluem-se, no final do calendário, dois dias, ditos complementares ou «complémentaires» correspondentes aos «jours sans-culottides», especificamente, o de «La Fête des Récompenses» e o de «La Fête de la Révolution». Estes dias feriados celebravam-se no final de cada ano durante os aproximadamente doze anos de funcionamento deste calendário republicano.
E, ao longo deste vade-mécum, o electrocardiograma de um coração que resiste.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa dura
Tipo: Livro
N. páginas: 144
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-310-1
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