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Sinopse:
As deslocações de pessoas e de grupos posteriores ao colonialismo europeu no mundo atraíram de forma sistemática o interesse dos investigadores sob a designação genérica de “migrações”. A este termo viria a associar-se uma constelação teórica integrando diferentes temas: etnicidade, multiculturalismo, cidadania, nacionalismo, transnacionalismo, diáspora. No entanto, cedo esta terminologia caiu no domínio público, vindo a ser apropriada pelos media e pelo senso-comum. Cabe em larga medida à Antropologia o resgate conceptual e epistemológico destas questões através de observações etnográficas precisas que permitam avaliar a sua pertinência. O livro que agora dá à estampa constitui um importante contributo para o estudo dos movimentos migratórios em ciências sociais e, muito particularmente, em Antropologia. Uma das primeiras questões que o autor coloca é precisamente a adequação ao tema em análise de uma de duas possibilidades classificatórias: imigração ou diáspora, no que se refere aos quadros angolanos em Portugal e, por extensão, à comunidade angolana no país.
[Rosa Maria Perez]
Índice:
Introdução
CAPÍTULO I. Apreciação Teórica: estado da arte • Comunidades em viagem: categorias analíticas • Etnicidade • A etnicidade simbólica • Etnicidade e raça • Etnicidades e sociabilidades • Viagem, migração e diáspora
CAPÍTULO II. Contexto de Origem • Angola • Localização geográfica, ecologia, população • Caracterização natural • População e grupos linguísticos • Colonialismo português e marcas pós-coloniais • O povoamento “branco” • O trabalho forçado • A miscigenação • Marcas pós-coloniais
CAPÍTULO III. O contexto português (1): práticas sociais • O contexto de chegada • A integração social • Relacionamento com portugueses • A sociabilidade entre angolanos • A família • Ocupação do espaço: habitação • Fontes de rendimento • Redes de sociabilidade exterior ao grupo • Contactos com a terra de origem (nostalgia, rituais)
CAPÍTULO IV. O contexto português (2): práticas rituais • Rituais de iniciação • Ritual de iniciação feminina • Ritual de iniciação masculina • Rituais de passagem • Casamento • A compensação matrimonial em Angola • Morte • Ritual em viagem
CAPÍTULO V. A problemática do retorno • Encontro de quadros angolanos na diáspora • A situação do regresso • A perspectiva do exterior • A integração dos que regressaram
Conclusões
Referências bibliográficas
O AUTOR:
Helder Pedro Alicerces Bahu é professor do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla (ISCEd-Huíla), licenciado em Ciências da Educação – opção História, pelo ISCEd-Lubango; mestre em Antropologia: Patrimónios e Identidades, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE); em 2012 publicou no nº 24 da Revista Internacional em Língua Portuguesa, organizada pela Associação de Universidades de Língua Portuguesa um artigo intitulado: “ A Noção de Subalternidade e o Mapa Etnográfico de Angola”. É membro do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA). Tem desenvolvido investigação sobre a problemática da proliferação de igrejas neopentecostais e independentes africanas em Angola.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 166
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-296-8
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