Elvas na Idade Média
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Sinopse:
Este livro fala do nascimento de Elvas. Há vestígios de povoamento humano no seu território desde fases pré-históricas, mas as primeiras menções escritas a Elvas e à existência do seu núcleo urbano surgem nas obras de geógrafos e de cronistas de uma Idade longa a que, no Ocidente, se convencionou chamar de Média. Porém, é nos séculos de domínio islâmico – no quadro do desaparecido al-Andalus – que a cidade se revela, possivelmente não muito distante da fase em que se funda Badajoz. Mas, poder-se-á dizer que é uma fundação «árabe»? E, ao ser integrada nos domínios do reino de Portugal, as marcas da sua pertença ao al-Andalus ter-se-ão apagado por completo? É para algumas destas questões que esta obra propõe algumas respostas. Sem pretender abranger todos os aspectos das dinâmicas e do quotidiano dos primeiros séculos de vida de Elvas, este livro atravessa os séculos do domínio islâmico, tenta interpretar o processo de incorporação desta cidade no jovem reino de Portugal e a forma como soube gerir a sua nova posição de fronteira em face de um reino vizinho, também ele conquistador de terras do Sul, com o qual sempre existirão relações e cumplicidades – mais que conflitos, que também houve. É uma outra Elvas que então se afirma; será uma das principais portas do reino, crescerá em número de habitantes e em área urbanizada, e nas suas ruas e campos cruzar-se-ão judeus, cristãos e muçulmanos até finais do século XV.
Índice:
Proémio
1. INTRODUÇÃO 1.1. Enquadramento geográfico 1.2. Antecedentes históricos 1.2.1. A Pré História da região de Elvas 1.2.2. Época romana 1.2.3. Época “visigótica”
2. ELVAS ISLÂMICA 2.1. Elvas e a evolução do poder no Gharb al Andalus 2.1.1. A conquista: formação da Kûra de Mérida 2.1.2. O período emiral: Ibn Marwân e Albasharnal 2.1.3. O califado: Yalbash nos itinerários de época islâmica 2.1.4. A Taifa de Badajoz: Yalbash sob o domínio aftácida 2.1.5. O domínio dos impérios norte africanos: a madîna Yalbash dos séculos XII e XIII 2.2. A organização do espaço 2.2.1. Espaço urbano 2.2.1.1. Alcáçova e medina 2.2.1.2. A malha urbana 2.2.1.3. Equipamentos urbanos e zonas específicas 2.2.1.4. A mesquita da Alcáçova 2.2.2. Espaço peri urbano 2.2.2.1. Os arrabaldes 2.2.2.2. Almuinhas e mercados 2.2.2.3. O espaço rural, segundo os dados da toponímia 2.3. O sistema defensivo 2.3.1. Alcáçova 2.3.1.1. Cortinas e torres da Alcáçova 2.3.1.2. As portas 2.3.1.2.1. Porta da Traição 2.3.1.2.2. Porta da Alcáçova ou do Miradeiro 2.3.1.2.3. Porta do Templo 2.3.2. Medina 2.3.2.1. Portas 2.3.2.2. Torres 2.3.3. Fortificações rurais 2.3.3.1. Povoamento e defesa (qariya e hisn) 2.3.3.2. Atalaias e rede viária
3. ELVAS CRISTÃ 3.1 Os eventos da “Reconquista” 3.1.1. A tentativa de conquista de 1226 3.1.2. A conquista de 1229 1230 3.2. Elvas (re)conquistada 3.2.1. A concessão do foral 3.2.2. O destino dos vencidos 3.2.3. A cristianização do espaço 3.2.3.1. Santa Maria dos Mártires – o culto da memória 3.2.3.2. As mesquitas e os bens Waqf ou Habus 3.2.3.3. As freguesias 3.2.4. A partilha do espaço 3.2.5. Definição do termo 3.3. O reforço das estruturas defensivas 3.3.1. O castelo 3.3.2. A manutenção da “cerca velha” 3.3.2.1. As portas da “cerca velha” 3.3.2.1.1. Porta dos Banhos 3.3.2.1.2. Porta Nova 3.3.2.1.3. Porta de Santiago 3.3.2.1.4. Porta do Bispo 3.3.2.1.5. Porta de S. Martinho 3.3.2.2. A torre nova 3.3.2.3. A “cerca velha” e o crescimento urbano 3.3.3. A construção da “cerca fernandina” ou “cerca nova” 3.3.3.1. Definição das muralhas 3.3.3.2. Obras nas muralhas – um pesado encargo do concelho 3.3.3.3. A reparação das muralhas pelo “povo meudo” 3.3.3.4. As perspectivas de Duarte D’armas 3.3.4. Atalaias e torres no termo 3.4. Os espaços 3.4.1. Vectores do crescimento urbano 3.4.2. A Alcáçova e a Corujeira 3.4.3. O dispositivo viário da antiga medina 3.4.3.1. Os Açougues, a Sapataria, a Ferraria e a Judaria Velha 3.4.3.2. A rua dos Mercadores e a rua de Alcobaça 3.4.3.3. Outros arruamentos 3.4.4. De arrabaldes a bairros intramuros 3.4.4.1. Eixos principais do antigo arrabalde 3.4.4.1.1. A Feira e seus acessos 3.4.4.1.2. A Praça 3.4.4.1.3. Os adros 3.4.4.2. Regularidade dos novos bairros 3.4.4.3. Zonagem moral e lúdica 3.4.4.3.1. A mancebia 3.4.4.3.2. A rua do Tavolado 3.4.4.4. A “cintura industrial” 3.4.4.5. Os espaços das minorias 3.4.4.5.1. Espaços da minoria judaica 3.4.4.5.2. Espaços da minoria mudéjar 3.4.5. As construções 3.4.5.1. A casa comum 3.4.5.2. Espaços de transformação, comércio e armazenamento 3.4.5.2.1. Tendas 3.4.5.2.2. Covas de pão 3.4.5.2.3. Os lagares 3.4.5.3. Construções de prestígio 3.4.5.3.1. O mosteiro de S. Domingos 3.4.5.3.2. As igrejas 3.4.5.3.3. Os paços 3.4.5.3.4. A torre do relógio 3.4.5.3.5. Os açougues 3.4.5.4. Técnicas e materiais de construções 3.4.5.5. A água 3.4.5.5.1. Poços e cisternas 3.4.5.5.2. Chafarizes 3.4.5.5.3. Banhos 3.4.6. O espaço periurbano 3.5. As gentes 3.5.1. A população 3.5.2. A sociedade 3.5.2.1. O clero 3.5.2.1.1. O clero secular 3.5.2.1.2. O clero regular 3.5.2.1.3. As ordens religiosas militares 3.5.2.1.4. Comunidades de leigos 3.5.2.2. A nobreza 3.5.2.2.1. Os fiéis vassalos de D. Afonso III 3.5.2.2.2. Os protegidos da Ínclita Geração 3.5.2.2.3. Fidalgos da casa real de D. Afonso V 3.5.2.3. As elites locais 3.5.2.3.1. O século XIV, período de afirmação de linhagens locais 3.5.2.3.2. A crise de 1383 85 e a consolidação de algumas linhagens elvenses 3.5.2.4. O povo 3.5.2.4.1. Cavaleiros vilãos e outros estratos superiores do povo 3.5.2.4.2. Os estratos intermédios do povo 3.5.2.4.3. Os estratos populares inferiores: assoldados e jornaleiros 3.5.2.4.4. Marginais e pobres 3.5.2.5. A minoria judaica 3.5.2.5.1. A organização da comuna 3.5.2.5.2. Actividades económicas 3.5.2.5.3. Relacionamentos e quotidiano 3.5.2.6. A minoria mudéjar 3.5.2.6.1. Organização interna da comuna 3.5.2.6.2. Tributos, encargos e isenções 3.5.2.6.3. Actividades económicas 3.5.2.6.4. Aspectos demográficos 3.5.2.6.5. Identificação e onomástica 3.5.2.6.6. Uma elite mudéjar – os Cigarros de Elvas 3.5.2.6.7. Relações e cumplicidades 3.5.2.7. Escravos
CONCLUSÃO
PRINCIPAIS ABREVIATURAS UTILIZADAS
TABELA DE EQUIVALÊNCIA ALIFADO – ALFABETO
FONTES E BIBLIOGRAFIA
Detalhes:
Ano: 2014
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 500
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-365-1
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