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Sinopse:
(...) Escrita de profundidade consistente, de um modo adulto no trampolim da reflexão, a querer agarrar na vivência humana o sentido do transcendente e na inconformidade dos actos a desconstrução do pensamento que conduziu ao caos da mediania.
Depois há “o sentir dos suburbanos de mãos dadas aos sem abrigo de quem todos falam, na hipocrisia do acomodamento ignóbil, alimentando errâncias e cinismo baixo, mas que de facto ninguém quer ouvir ou ver por perto”. (...)
Luís Rosa, in Prefácio
Índice:
Prefácio
Fogo em roda livre Atalhos de areia Na mundividência que tenho e que me tem Estivesse eu acordado Ontem foi domingo e partilhamos alegrias No vazio da vertigem onde navego O vento de proa Caminho estreito e curto Quando as papoilas escondem o joio As horas para onde há-de fugir o tempo Charruadas em pousio Passou a dormir e a sonhar A realidade em fuga do tempo A grandeza de quem sofre Com as emoções alfandegadas no contentor O saco de plástico da ilusão Ergue-se o desafio da penumbra Em água de rosas silvestres Encostado à montanha da penúria Acorda pátria, deixa a via-sacra O mito da imortalidade Quem te manda a ti, poeta Viajo pelo meu interior Na densidade do absurdo absoluto Pobreza dia a dia acrescentada A grande guerra dos pequenos mundos De todas as vezes que o rei Mantêm as regras mas mudam o jogo A incerteza dos amanhãs Ainda espero ver-te, biltre Conheço o caminho das pedras O silêncio abre o peito à astúcia O olhar, o gesto, o grito, o desacerto Quando em manada ordeira Desalinhado perdi-me nos pinheirais Com a força frouxa da razão Abre a flor do lótus ao sol do meio-dia Quando no teu rosto inquieto a raiva se planta Tabu, moral, ética, fobia Soldados desconhecidos A estrada não é de quem a fez Os peixes de águas profundas Consciência Veio o chá verde com gengibre Hoje ninguém lê nas estrelas Levantada a pedra tudo mexeu Atado à corda bamba dos afectos Ando por subterrâneos serôdios Bem cedo esqueço o que é bom Não há mais lágrimas de crocodilo A sofreguidão dos afectos Troquei o medo pelo medo Há um plano de contingência O medo talvez nem tenha cor Pensar o mundo onde habito Vendaval transportando a ignorância O palco, as areias do deserto O segmento do meu espaço encurta o tempo Alguém está roubando o tempo Rasguei as vestes e desnudado Vai além do acaso Em luminosas noites tresmalhados Procuro a segurança quando caminho Quebrada que foi a ânfora sabina Pombal do Arunca Esta nova rota da seda Voando alto a pomba da paz Ingénuo, ignorante, pretensioso fui Vivo na reclusão do meu desprazer Preocupa-me a fraqueza do homem Não sei onde estou Enquanto estou longe de ti, somos dois Levanto as árvores caiadas Por detrás das palavras que me escondem Foi então que os avisados corifeus Poema salgado Os primeiros cartarianos em suas andanças Vede a pétala de rosa esquecida A ilusão cria o fado, a fuga Naquela primavera um casal de melros Entrei na oficina deserta, de pé ante pé As coisas iam acontecendo sem saber como A flor do sal Erro de cálculo Estávamos sentados na relva junto à fonte Do alto do teu metro e oitenta e tal No entroncamento das palavras fáceis As cinzas quentes da ausência Aqui não chega o ruído do universo Eu te ganhei No céu sempre bem visível, o arco íris A visão turva do amor ausente Que horas serão as horas de sempre? A dor de cabeça me desespera Há um medo de ser amanhã Tinha-a comigo e sentia-te Coberto de verdete Dentro do horizonte por fora Amanheço no horizonte das palavras Apenas cabalísticos sinais
Detalhes:
Ano: 2014
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 120
Formato: 16x23
ISBN: 978‐989‐689‐390‐3
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