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Sinopse:
Quem alguma vez na sua vida teve a honra de envergar a “Manta de Alcacha”, por tempo suficiente para sair e entrar a Barra, a bordo de um vaso de guerra, conhece na pele e na alma os custos que a honra impõe. A “Alcacha”, usada exclusivamente pelas Praças das Marinhas que alguma vez entraram em combate naval, no caso concreto da nossa Armada tem três listas brancas que assentam num fundo azul. Fundindo-se nesta simbiose cenários de vidas e mortes, que visam honrar a memória do Alm. Nelson. Tudo se envolve num fundo verde azul do mar, pejado de corpos de marinheiros. É preciso morrer! É preciso sofrer!
Para que haja um país soberano e respeitado, onde os Marinheiros o projectem e engrandecem, existiu quem tivesse de dar novos mundos ao mundo e de chegar ao “Mostrengo das Trevas”, que habita nos dos fundos dos mares. Esse que a nossa alma teme, mas nos prende ao leme e nos levou aonde o “Gigante Adamastor”, com suas tormentas, assombrava e engolia.
Onde e quando este País foi e é grande, a Marinha de “Alcacha” esteve e está lá, até nas desgraças mortais da “Esquadra Invencível”, no tenebroso Tarrafal, na Revolta dos Marinheiros de 1936, etc. Até mesmo por terra atravessou Continentes, desbravou Rios, impôs novas civilizações. Por essas obras valorosas se foram da "lei da morte libertando". [Geraldo S. Lourenço]
Índice:
11 Prefácio, por Manuel B. Martins Guerreiro, CALM-ECN
17 O Clube de Praças da Armada 20 C. P. A. Comemora 25 anos de existência 22 25 de Abril. Regresso a casa 24 70.º Aniversário da Revolta dos Marinheiros de 8 de Setembro de 1936 26 A Bordo deste Navio – Almada concelho de marinheiros 29 A Justiça Possível 34 A Noite e a Madrugada 42 Ao Cair da Tarde… 46 Aos Pais Que Não Conheceram os Filhos 47 As Árvores Morrem de Pé 51 Boletim da C. M. do Seixal 53 Branco de Terceira… 58 Caravanas da Saudade 60 Casa do Marujo 62 A C. D. A. P. (Comissão Dinamizadora para o Associativismo dos Praças) 66 Comemoração do 35.º Aniversário do 25 de Abril 68 Comemorações do 36.º Aniversário do 25 de Abril 69 Comemorar Abril 71 Confronto 74 Cravos para um Capitão de Abril 75 Décio, A Ninfa 79 Dia Especial 81 Dinamização a Outra Realidade 83 Editorial 85 A Última 87 Entre Marinheiros – Homenagem de um Praça a um Oficial de Abril 89 General Hugo dos Santos 92 Guerra Colonial 94 Guiness Book e a Justiça Possível 99 Honra, Solidariedade e Liberdade 100 Igualdade Desigual 103 Inquérito de Opinião 105 Mergulhos – Insignificâncias a Troco de Satisfações 112 Isto e Muito Mais 114 “Louvados com Cerveja” 116 Manuel da Burra 119 Marinheiros no 25 de Abril de 1974 122 Marujo em Férias – “O Troco” 124 Neste Barco Não! Fotografias 127 Nuvens no Horizonte... 129 O 3.º Aniversário 131 O 25.º Aniversário do C. P. A. 134 “O Bébé Francês” 137 O Conde de Cape Town 140 O C. P. A. Honra a Memória da Sua Classe 143 “O Homem que Salvou o Navio” 145 O Jony 149 Ó Mar Salgado… 151 O Marinheiro Insubmisso 154 “O Marujo” 156 O Mensageiro 158 O Poeta no Degrau Mais Baixo 161 O Preço da Condição de Classe 163 Prepotente 166 Rio Douro e os Mergulhadores da Armada 168 Ordem da Liberdade 171 Órfãos de Pais Vivos 175 Os Bastardos da Lei num País de Direito 177 Paixão 181 Para que a Verdade e a Mentira não Morram Solteiras 193 Passado, Presente e Futuro 196 Povo Marinheiro 198 Preservar a Memória 199 Privilegiado me Confesso… 202 Quando os Sinos Tangem 203 Quase Herói… 206 Ramiro Correia 208 Ressuscitado 211 Retalhos da Vida de um Marujo – Vocemessê 214 Retrocesso 216 Romão: um Tarrafalista 218 Saltimbanco 223 Semana de S. Silvano 227 Tenho uma Fragata a Bordo 231 Traidor 233 Homem do Mundo 236 Uma Tarde Diferente 237 Variedades em Palco de Guerra Colonial 239 Velas de Cera em Tarde de Maio 242 Virei… de Burro 244 Virose 247 Viver com Dignidade 248 Bacalhau para o Jantar de Natal 251 Carlos Santos 258 O “Jamanta” 260 Destroyers 263 Último Tarrafalista
267 Siglas e Abreviaturas 269 Biografia do Autor
O AUTOR:
Geraldo S. Lourenço nasce a 3 de Fevereiro de 1935, no Concelho do Sardoal. Filho de família modesta e analfabeta vê-se na necessidade de começar a trabalhar aos 8 anos. Faz de pastor e servente de pedreiros. Aos 14 anos muda-se para o concelho de Abrantes, empregando-se na Construtora Abrantina. Com 15 anos começa a frequentar a escola, à noite, completando a 4ª classe, com distinção, aos dezassete. Em 17 de Novembro de 1955 ingressa na Marinha, como recruta. É-lhe designada a especialidade de Sinaleiro. Nos cursos de I.T.E. e 1.º grau passa com boas notas classificativas, sendo promovido a Marinheiro em 1959. Em 1960 faz o curso de mergulhador¬ técnico com a média de 16 valores e em 1964 é promovido a Cabo. Em 1973 completa o curso de Sargentos, com a média de 15,71 valores. Adere aos ideais do "25 de Abril de 74", fazendo parte da C.D.A.P., C.D.E.A., C.B.E. e M.F.A. Por essas participações é afastado politicamente da ARMADA a 4 de Abril de 1977, com 22 anos de serviço, na classe exemplar de comportamento. Tem, na sua folha de serviço, 6 louvores e a salvação de uma vida com honras para a Marinha. Lutou 25 anos pela sua dignidade e de outros saneados políticos. Quando a lei 43/99 de 11 Junho lhe reconstitui a carreira é promovido a Sargento-Chefe, por ordem de antiguidade no seu curso.
Detalhes:
Ano: 2015
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 272
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-490-0
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