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Sinopse:
Com Kota Medito – o narrador do bom senso cívico – embrenhamo-nos numa saga de origens remotas ultrapassando a própria condição humana do populoso bairro do Cazenga. Aparece com toda a vivacidade uma sociedade angolana na sua múltipla diversidade e riqueza. ¶ Uma simples frase, pronunciada ocasionalmente por um ébrio, desperta uma consciência adormecida e amplia-se numa onda crescente de revolta, protagonizada pelos habitantes de um bairro, contra a ignomínia a que a sua condição de vida estava sujeita. Entre diálogos acalorados, reflexões plenas de riqueza, fundadas numa cultura telúrica, despontam as tácticas de controlo por parte da autoridade, emergem os métodos que levam à força, aparecem negociações. Mas também surgem rancores, intrigas, «mambos», ideais, fantasias e amores. Ergue-se, afinal, a vida tal qual existe na cena de uma nova Angola. ¶ Naquele dia, naquele Cazenga faz surgir o dramático e o burlesco em apertada companhia. Desperta-nos o prazer de conviver com figuras cativantes que, a seu modo, nos levam a uma viagem pelo prodigioso mundo da angolanidade. ¶ Um livro inseparável da realidade, baseado numa narração cativante, ritmada, com belo sentido de escrita, dando luz a uma literatura reflectida e comprometida com a procura da convivencialidade saudável entre a gente que faz uma nação. Um olhar fascinante sobre a cidadania como um exercício natural de pessoas comuns. Fica-nos o saboroso gosto pela liberdade do ser e da sua existência.
Índice:
I – No princípio era a frase II – Pequenos mundos daquele mundo III – As outras gentes IV – Tudo ali começou V – Os sobressaltos na cidade VI – na hora da verdade VII – Desenlaces VIII – Como o Cazenga virou estrela IX – As diversas buscas de futuro X – Os mistérios do imprevisível
Data de Publicação: FEVEREIRO DE 2016
O AUTOR:
Adolfo Maria, natural de Luanda, é conhecido pela sua participação no combate cultural, político e armado pela independência de Angola e pela democracia nesse país, o que lhe valeu ter sido preso pela polícia política portuguesa, a PIDE, em 1959, e perseguido em 1976, cinco meses depois da independência, pela polícia política do novel estado angolano, a DISA, chefiada por seus antigos companheiros de luta, que o expulsaram do país, em 1979. ¶ No exílio, com Mário Pinto de Andrade e Gentil Viana, fez parte de um Grupo de Reflexão que, durante os anos 80, procurava vias para o fim da guerra civil em Angola. ¶ Após os acordos de paz de Bicesse, voltou a Angola em 1991 e 1992, acompanhando Gentil Viana, autor de um plano de convivência nacional. A guerra civil foi retomada em Outubro de 1992, logo depois da realização das eleições estipuladas pelos referidos acordos. Desde então, Adolfo Maria não mais fez intervenções de carácter político. Todavia continuou a acompanhar atentamente a evolução de Angola, sobre a qual sempre escreveu ou se pronunciou em entrevistas, conferências e colóquios. Em 2006 foi publicado o livro Angola no percurso de um nacionalista – conversas com Adolfo Maria, Edições Afrontamento. Publicou em 2014 Angola – Sonho e Pesadelo, Edições Colibri e o romance Na Terra dos TTR, Edições Colibri. Em 2015 publicou Angola – contributos à reflexão, Edições Colibri. É colaborador permanente do jornal cultural O Chá, de Luanda, e membro do painel de Debate Africano, programa semanal radiofónico da RDP África, também televisionado e transmitido pela RTP África.
Detalhes:
Ano: 2016
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 264
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-564-8
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