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Sinopse:
A Arquipatologia (1614) é uma obra imensamente relevante na história da psiquiatria, da filosofia da mente e das neurociências, em que o rigor científico e o engenho clínico se reforçam mutuamente. Com efeito, o autor move-se com grande desenvoltura no domínio do conceito e da explicação, ao mesmo tempo que revela uma grande atenção à singularidade do caso individual e ao tratamento mais ajustado a cada paciente.
Traduzir uma obra como a Arquipatologia exige competências no âmbito de várias disciplinas, em especial: estudos clássicos, história da ciência, medicina e filosofia. Daí que o exercício de tradução tenha sido acompanhado, ao longo de três anos, de um trabalho regular de Seminário para apuramento do contexto histórico-cultural, da biografia de Filipe Montalto e da significação da sua obra.
Índice:
ADELINO CARDOSO
Arte médica e inteligibilidade científica na Arquipatologia de Filipe Montalto
Contornos. Quadro geral
Doenças da cabeça, doenças da alma, doenças do coração
Terapêutica
Síntese da obra
Acerca desta tradução
Bibliografia
FILIPE MONTALTO
ARQUIPATOLOGIA Carta à Cristianíssima Rainha-Regente das Gálias e de Navarra, Maria de Médicis
Tratado Primeiro: A dor
Tratado Segundo: A dor de cabeça
Tratado Terceiro: A frenite e a parafrenite
Tratado Quarto: A melancolia
Tratado Quinto: A insânia dos amantes
Tratado Sexto: A mania ou o furor
Tratado Sétimo: A insânia lupina ou canina
Tratado Oitavo: A amência e a fatuidade
Tratado Nono: A perda ou a diminuição da memória
Glossário geral
Glossário de vegetais, condimentos e preparados medicinais
Tábua dos autores citados por Montalto
Tábua das obras citadas por Montalto
O AUTOR:
Filipe Elias Montalto, aliás, Elias Filoteu – efectivamente, é assim que o autor assina a Arquipatologia – é o nome adoptado pelo cristão-novo Filipe Rodrigues após a sua adesão militante à religião judaica. Natural de Castelo Branco, onde nasceu em 1567, formou-se no ambiente humanístico-renascentista que moldava o ensino da Universidade de Salamanca, na qual fez a licenciatura em medicina, que exerceu até ao final da vida: em Portugal e seguidamente em Itália, para onde fugiu, por volta de 1600, no intuito de escapar à perseguição que, entre nós, era movida aos judeus. Em Florença, publicou um importante tratado médico-filosófico sobre oftalmologia: Optica intra philosophiae, & medicinae aream, de visu, de visus organo, et objecto theoriam. Daí rumou à corte parisiense, em 1612, a convite da regente, Maria de Médicis, na sequência do tratamento bem-sucedido de Leonor Galigai, aia e irmã de leite de Maria de Médicis. O ambiente da corte, aparentemente favorável “aos magos e astrólogos”, não impediu Montalto de aí redigir a sua Arquipatologia, que é porventura a mais laica obra de psiquiatria do seu tempo”. [da nota prévia, “Arte médica e inteligibilidade científica na Arquipatologia de Filipe Montalto”, de Adelino Cardoso]
Detalhes:
Ano: 2017
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 410
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-677-5
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