Elogio do Intervalo

Um Docente à Janela do Século XXI




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Sinopse:

RETRATO DO NEOFASCISTA AMANTE DO NÃO PENSAR – Quem não ama o pensar, ama o não pensar. Quem ama o não pensar, ama a morte. Quem ama o não pensar, precipita o caixão. Quem pensa não pensando, trai o mundo. Quem pensa não pensando, acorrenta a vida. Quem não pensa, contraria a vida. Quem vive ao contrário, não vê futuro. Quem mata futuro, quer impor ordem. Quem impõe ordem, arma a mente. Quem arma a mente, não cria futuro: mata o presente. Quem ama assim, odeia o mundo. Quem odeia o mundo, não sabe criar. Quem não cria, é amante do mal. ¶ Quem pensa bem, ama a vida generosa e dura. Quem ama e pensa, crê também na liberdade. Quem crê também na liberdade, sabe também que não vem hoje. Não traz aquilo que sempre faltou. Não transcende a morte (cuja noite são também sendas). A liberdade não vence o mal: reconhece nos só nos intervalos das grades. Liberta nos só à luz da razão. Para quem pensa, a vida é lei e leveza, dor e razão, raiz e dureza. Quem ama e cria, cresce ao ritmo dos céus e ventos. Quem cresce bem, perece na paz do mar mais azul. ¶ O fascista arranca mares e mundos: mata a vida sorridente e dura. Recusa aquilo que a vida traz sempre de braços abertos: abate a vida nas marés do tempo. O fascista afoga a vida que canta. ¶ O fascista sorri também quando fala: sorri generoso e duro. O seu sorriso é da espessura das facas. ************************************************************ Como docente, ou melhor, como fazedor de modestas micro-utopias erguidas nas muitas salas de aula ao longo da minha vida profissional, tenho procurado privilegiar em acto e em pensamento a visualização da orla longínqua daquele mundo que nos aguarda e cujos contornos devemos imaginar e, dentro dos nossos possíveis, concretizar, também em acto e em pensamento, nas imediações do presente. Incumbe-nos viver à altura do nosso tempo de modo a respondermos cabalmente às suas numerosas e urgentes solicitações. Incumbe-nos cumprir com a cultura de que somos herdeiros e criadores. Incumbe-nos resistir à barbárie que nos sitia. ¶ ¶ (da Introdução)

Índice:

Prefácio

Primeira Parte: Dez Investidas
Primeira Investida: o intervalo que é a natureza essencial do pensar, o pensar que é o intervalo de todos os intervalos, o intervalo do pensar que viaja connosco entre o berço e o luto. A leveza do pensar para seres que podem voar sentados. Um thought experiment em torno do uso humano da verdade. On thinking and knowing.

Segunda Investida: ó vizinhos neofascistas, apregoais novamente o quê? Digo-vos: o não-reconhecimento do intervalo (que somos).

Terceira Investida: contra a Escola do não-pensar

Quarta Investida: em prol da favela imaterial, da libertação e das naus do pensamento

Quinta Investida: em torno do mal e do não-pensar

Sexta Investida: em torno de Álvaro de Campos e Gregor Samsa e da ecologia linguística do ser humano

Sétima Investida: em torno do pensar, do peso e dos sismos

Oitava Investida: em torno do não-pensar, do pensar e do intervalo


Nona Investida: em torno da crueldade, do pós-biológico e da reescrita amorosa da memória


Décima Investida: não acreditem no que vos digo!

Segunda Parte: Vária
Premissas
Apontamento
Apontamentos

Duas cartas para T.: Primeira carta (excerto)
Segunda carta (excerto): em torno do bi-pronominal
Apontamento

Reflexão polémica (e algo acintosa), com interlocutor
Apontamento
Apontamento
Premissa

Apontamentos em torno do “thetic” e da linguagem poética
Apontamentos

Vários Elogios
Premissa

Pequena glosa sobre o texto da advogada e professora Ruth Manus intitulado “A triste geração que virou escrava”

Carta: um excerto em torno da questão dos animais e da sua possível capacidade criativa
Reflexão

Apontamento em torno da construção mediática da nossa percepção do real

Epílogo: em torno do “meio” e da sua evolução

Premissas em torno da cultura, civilização e império. As metamorfoses da Torre de Babel

Algumas premissas em torno do fascismo dos nossos dias
Apontamento
Apontamento

Quase um haiku (bilingue) em torno do vazio neoliberal

Em torno de um poema de António Gedeão: entre a absurdidade e a responsabilidade

Carta (excerto) em torno de dois poemas de Charles Bukowski

Apontamento em torno da criatividade humana. Excursus sobre o ser

Apontamento em torno da história

Apontamentos para uma tecno-poética

Reflexão em torno da electricidade ficcionada na obra de Eça de Queirós e de Fernando Pessoa/Álvaro de Campos. Dois casos de estudo: “Civilização” (Rio de Janeiro, 1892) de Eça de Queirós e “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos (Lisboa, primiero número de
Orpheu, 1915).
Apontamento
Apontamento
Apontamento

Apontamento contra o determinismo

Apontamento: uma breve homenagem à minha professora de teatro

Apontamento em torno da dimensão técnica da auto-criação humana

Apontamento em torno do bem e do mal

Carta (excerto)

Apontamento em torno do medo
Reflexão
Corolário

Reflexão: a ética, a política, a pedagogia: círculos concêntricos, campos incomensuráveis ou ainda outra coisa?
Apontamento
Apontamento
Carta (excerto)
Carta (excerto)

Carta (excerto) em torno da humana modelação do mundo
Apontamento
Carta (excerto) em torno da “inter-culturalidade”
Canto do imigrante (que também sou)
Apontamento: em torno do sujeito como ilusão e, apesar disso, como nó de resistência e memória

Reflexão: Alberto Caeiro e Johann Wolgang von Goethe
Reflexão em torno das falácias lógicas e da lógica do Império

Apontamento em torno do poema e do ser

Apontamento provocador

Carta (excerto) em torno do politically correct

Reflexão em como não somos o centro de coisa nenhuma

Reflexão em torno do ritual: duas perspectivas

Apontamentos em torno do ritual como senha
Apontamento

Apontamento: um caso de performatividade, ou melhor, um retrato satírico em torno de um acto perlocucionário

Apontamento: alguns sismos conceptuais actualmente detectáveis que nos situam entre o mar e a terra
Perguntas
Premissas

Apontamento em torno do sagrado
A non-traditional poem on the beautiful and the sacred which exist within modernity. A polemic against conservatism.

Uma reflexão (propositadamente polémica)
Pergunta

Reflexão: a televisão, a culinária, a retórica

Premissas: On (Still) Becoming a Teacher
Apontamento
Reflexão

Reflexão: William Blake, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos and the Modern Consciousness
Apontamento
Apontamento
Excursus em torno do cinema (um olhar que se quer displicente)
Apontamento

Premissas em torno da separação de teoria e práxis
Apontamentos

Premissas em torno dos acontecimentos ocorridos em Charlottesville, Virgínia, E.U.A. a 13 de Agosto de 2017

Excursus: o determinismo e o livre-arbítrio na cozinha

Reflexão em torno da pedagogia

Apontamento em torno da noosfera

Apontamentos em torno da política

Reflexão: Adão, Eva e o Jardim

Carta com premissas: uma breve análise do espírito conservador

Apontamento: Mascagni, Cavalleria Rusticana, o Sacrifício

Reflexão: uma breve homenagem ao meu professor de canto no liceu e um convite para o cinema: o ecrã como espelho, fronteira e lugar de encontro

Em torno do hate speech ou a glorificação do mesmo. A violência celebrada. O Kampf do líder dos haters que escarnece até à morte quem, segundo ele, o(s) oprima. A raiva festiva e mortífera: a irracionalidade entronizada. A humilhação do outro. As milícias do ódio: combustível do assassino. O sacerdócio do mesmo contra a abundância plural do mundo. A purificação assassina da história da humanidade pelo verter de sangue (do outro). A negação celebratória da vida, do mundo e do futuro. A verdade como vitimologia dos supremacistas brancos. A supressão das estações do humano.
Apontamento
Apontamentos
Pergunta e conjectura
Apontamento
Apontamento
Apontamentos

Eis duas perguntas (quanto a nós) interligadas e, a seguir, um quase aforismo

Premissas: cultura e civilização

Premissa: there is no such thing called “soft skills”

Reflexão while watching a car chase on the television screen: a sociological study of the modern freeway. Two moments of reflection.

Premissas em torno da natureza da verdade e do estado adulto

Premissas em torno da missão da universidade

Premissas: mais um pouco em torno do papel da universidade e da nossa responsabilidade. Em torno do intervalo.

On writing

Apontamento em torno da poética pessoana

Apontamento em torno do devir do real

Apontamento em torno do humanista

Apontamento em torno da religião

Apontamento em torno da diferença entre o espaço e a distância

Antes da partida

Reflexão em torno da pele como mente

Reflexão on the illusion of power

Apontamentos em torno da humanidade contemporânea e das suas escolhas

Apontamento em torno dos drones e da tecnocracia

Apontamento em torno do projecto de nos des-hipnotizarmos

Apontamento on the end of the polis, or, the corporate usurpation of the political

Apontamento on politics as pornography

Reflexão on education, or, on breaking away from hypnosis

Reflexão em torno da missão da universidade
Apontamento
Apontamento em torno do Bestiário contemporâneo
Haiku
Apontamento em torno da democracia
Apontamento em torno do desejo
Apontamento em torno do forasteiro/estrangeiro/imigrante
Apontamento em torno da liberdade e da ideologia
Apontamento em torno da faculdade de sentir
Apontamento em torno do real
Apontamento em torno do tempo passado
Apontamento em torno do nosso caminho
Apontamento em torno de duas preposições: “from” e “to”
Apontamento em torno do evento pedagógico e ainda em torno dos docentes
Apontamento em torno de duas palavras homónimas

Post scriptum



AUTOR:

Christopher Damien Auretta doutorou-se pela Universidade da Cali-fórnia, Santa Bárbara, EUA. Lecciona na Universidade NOVA de Lisboa onde organiza seminários em Pensamento Contemporâneo e na área de Ciência e Literatura, focando, sobretudo, exemplos da representação estética da modernidade técnico-científica. Tem publicado e/ou participado em colóquios debruçando-se sobre a obra de António Gedeão, Fernando Pessoa, Jorge de Sena, Machado de Assis, Primo Levi e Roald Hoffmann, bem como sobre questões relacionadas com a bioarte. Tem traduzido e publicado em inglês poesia de Fernando Pessoa e António Gedeão.

Detalhes:

Ano: 2018
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 354
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-728-4
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