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Organização: Márcio Páscoa
Colaboração com a entidade: Universidade Nova de Lisboa
Sinopse:
Guerras do Alecrim e Mangerona estreou-se no Teatro do Bairro Alto em 1737 e desde então frequentou o repertório de diversos teatros luso-brasileiros pelas décadas seguintes, alcançando o século XIX. O texto, dividido em duas partes, foi publicado desde o primeiro momento, ganhando reedições, sobretudo inserido na compilação de obras de Antonio José da Silva, chamada Teatro Cômico Portuguez. A música nunca havia sido publicada até o momento, mas tudo indica que manteve-se em uso por todo o século XVIII, ao menos, embora com alterações pontuais. O sucesso para a longevidade de texto e música reside seguramente no sólido domínio do metier a que se devotaram os dois artistas e na habilidade com que abordaram criticamente e de modo muito bem humorado a sociedade luso-brasileira urbana de seu tempo. Esta é, até o presente momento, a ópera mais antiga em língua portuguesa, cuja música chegou até nossos dias, embora não tenha sido a primeira da parceria dos dois Antonios. Bastaram a eles cinco anos, entre 1733 e 1738, para escrever ao menos sete espetáculos juntos e com elas entrar para a história, antes da Inquisição ter interrompido a vida do Judeu e assim a parceria do Antonio brasileiro e do Antonio português, mas não a obra, porque como advertira Semicúpio: "... que se ponha silêncio nesta matéria, sob pena de serem assuntos de minuetes e andarem por bocas de poetas, que é pior que pelas boca do mundo" (Parte 2, Cena VII).
Índice:
TRANSCRIÇÃO E ORGANIZAÇÃO:
MÁRCIO PÁSCOA graduou-se em Música-Instrumentos Antigos pelo Instituto Artes da UNESP, onde obteve o Mestrado em Artes/Música. Doutorado pela Universidade de Coimbra em Ciências Musicais Históricas, é professor efetivo de História da Música e Música Brasileira na Universidade do Estado do Amazonas, onde coordena o Laboratório de Musicologia e História Cultural desde 2005 e é membro do Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes. Autor de cinco livros e editor de cinco óperas, contribui frequentemente com diversas publicações. Dirige e toca na Orquestra Barroca do Amazonas, com a qual percorreu dezenas de cidades brasileiras e ainda em Espanha, Itália e Portugal, sobretudo com repertório luso-brasileiro dos séculos XVIII e início do XIX, destacando-se aí o espetáculo Ópera no Brasil Colonial. Com a OBA gravou cinco CDs deste repertório e subiu ao palco com diversas produções, dentre elas a estreia brasileira contemporânea de “Guerras do Alecrim e Mangerona” (2010).
Detalhes:
Ano: 2018
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 154
Formato: 29,5x21
ISBN: 978-989-689-738-3
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