SINOPSE
Ao contrário da experiência de Castelo de Vide (“(a)Riscar em Castelo Vide”), Luís Pedro Cruz não faz desta uma contada história de percurso. Neste caso, indo talvez mais longe, faz deste lugar de Póvoa e Meadas um lugar de inscrição. Inscreve-o no tempo e no espaço, ou, dito de outra forma, nos tempos e nos espaços: os que lhe são contados e abertos pela inúmera memória dos seus habitantes.
Se é verdade que pelo desenho inscreve a existência das casas, das fontes, das praças e dos presentes lugares em volta, já pelas vozes inscreve em inexistentes lugares as ‘impresentes’ casas e a incerta memória das gentes que as criam.
Dizendo a linguagem simples de um discurso muito directo, por um imediatismo de palavras mais ‘terra-a-terramente’ entendíveis, os testemunhos vão viajando como nos sonhos que por vezes não fazem sentido e nos sonhos são aceites.
(…)
Espreitemos então para este livro com a enigmática curiosidade com que espreitamos por uma janela que tudo nos mostra, abrindo por fim a porta da rua para sair e entrarmos fascinados por ele adentro como quem regressa de nós – e inventa o mundo.
[do Prefácio de Rui Casal Ribeiro]
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