JOÃO ESPADEIRO RAMOS é mestre em História pela Universidade de Évora e doutorando na mesma universidade, onde se encontra a desenvolver a tese sobre justiças nos espaços inframunicipais. É investigador afiliado do CIDHEUS – Universidade de Évora (Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades). As suas áreas de estudo são comunidades de fronteira, subalternos e administração da justiça, na época moderna.
Defender a Pátria
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“(…) as dinâmicas locais prévias à restauração foram condicionantes no desenvolver dos acontecimentos e que, tanto o saque como o confronto efetivo, tendiam a preservar relações de boa vizinha consolidadas, ou a amplificar o conflito quando este já existia.”
“Sabemos que em territórios de partilha comum, em que há conflito recorrente quanto a essa partilha, a demonstração de o ter utilizado anteriormente é prova do direito a utilizar, como o estar é prova do direito a permanecer.”
“(…) os santo-aleixenses, perante a ameaça do ataque inimigo e desobedecendo às ordens do comando militar de Moura, tinham recusado abandonar a sua aldeia: os laços de fidelidade destas pessoas eram, acima de tudo, para com os seus territórios.”
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Para tanto, João Ramos, procurou “um melhor enquadramento dos factos” e um melhor conhecimento das “motivações, das acções e decisões dos protagonistas”. Fê-lo baseado no que mais adequadamente já se escreveu sobre o assunto (escrupulosamente referindo as fontes) mas juntando outras provas, algumas fundamentadas em registos paroquiais locais, como baptismos, casamentos ou óbitos.
A forma insistente com que pretende dar resposta ao estado em que ficou a aldeia de Santo Aleixo após o morticínio e destruição levados a cabo pelos espanhóis em 1644 e a lenta recuperação do povoado, leva-o a trabalhosa consulta das referidas provas sacerdotais cujos resultados apresenta em gráficos que facultam uma mais rápida compreensão do que pretende provar. [JOÃO MÁRIO CALDEIRA, Professor e Escritor]