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O Discurso de Metafísica é uma obra de maturidade, que culmina um intenso labor filosófico e representa a primeira elaboração sistemática do pensamento de Leibniz. Numa linguagem concisa, fluente e rigorosa, o Discurso leibniziano intenta responder aos diferendos teológico-metafísicos que agitam o seu tempo, não por uma solução ecléctica, mas estabelecendo princípios a partir dos quais se possa inteligibilizar as controvérsias e superar os diferentes partidos em confronto.
A metafísica é exercida como plano principial que, dando razão das diferenças de perspectiva, possa situá-las na sua escala própria, determinando até que ponto é legítima a sua pretensão de verdade. A metafísica surge, assim, como a chave para as controvérsias que exaltam os espíritos do século XVII, tais como: a infinitude divina implica a anulação da criatura, ou, pelo contrário, apela à espontaneidade e autarquia desta? A salvação é um dom gratuito de Deus ou a boa acção do indivíduo pode torná-lo merecedor da graça? Qual a natureza das ideias? Estas caracterizam-se pela imanência ao sujeito ou são, pelo contrário, realidades inteligíveis com um valor próprio? Natureza e liberdade são heterogéneas ou há continuidade entre elas?
O intento leibniziano é o de estabelecer firme e serenamente um núcleo sistemático de verdades acerca destas e doutras questões candentes.
Autor: Gottfried Leibniz (1646-1716) doutora-se aos 19 anos em Direito e dedica grande parte da sua vida à carreira política e diplomática. Depois de conhecer Pascal, dedica-se também à matemática, e é o inventor (simultaneamente com Newton) do cálculo infinitesimal. A filosofia de Leibniz, grandemente influenciada por Descartes, é racionalista, baseia-se na existência de uma infinidade de substâncias simples, a que Leibniz atribuiu o nome de mónadas, que são ativas e não atuam umas sobre as outras. Mas como é possível a ordem do universo se as mónadas atuam por si e desligadas das restantes? A resposta de Leibniz a esta questão é a sua teoria da ordem pré-estabelecida: Deus ao criar o mundo ordenou as mónadas de tal modo que, mesmo sem existirem influências mútuas entre as mónadas, o resultado final da atividade de todas é a ordem harmónica da totalidade.