Padre Domingos Gomes nasceu numa insignificante, minúscula, pobre e remota aldeia – Petisqueira –, do Nordeste Transmontano, em linha recta a apenas 400 metros de Espanha.
Após haver terminado, em 1956, o curso liceal de Ciências – alínea f) –, ingressou, nesse mesmo ano, no Seminário de S. José, de Bragança, onde foi ordenado sacerdote, em 1 de Julho de 1962.
Nessa altura ainda o latim e o grego eram ensinados com uma certa profundidade; hoje, porém, – 2020 –, estas duas importantíssimas disciplinas foram, infelizmente, banidas de muitos deles.
Depois de haver paroquiado durante três anos, entrou na FAP (Força Aérea Portuguesa), onde exerceu, pelo período de quase nove anos, as funções de capelão.
Em 1973 obteve um grau em Linguística e Filologia na Universidade de Coimbra, e em 1979 concluiu o Bacharelato em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Neste mesmo ano deslocou-se, com a família, para o Império Yankee, onde residiu durante doze anos e tirou os cursos de tradução, de Castelhano, de Italiano, e de Francês, para Inglês, na Universidade de Pittsburgh, Pennsylvania.
Ensinou Latim e Grego no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira – Aço- res; Português e Estudos Sociais, na Escola Básica de Loulé; Biologia, nas Escolas Secundárias de Albufeira e de Loulé; e Português e Francês, no Império Yankee, donde saiu e partiu, juntamente com a sua família, para Moscovo, em Setembro de 1991, nesta altura ainda União Soviética, onde residiu quase seis anos.
Leccionou ainda na Unique (“Universidade” Sénior de Queluz).
Os seus estudos e a sua multifacetada experiência de vida granjearam-lhe a possibilidade de falar, com mais ou menos correcção e fluência, por ordem decrescente, sete dos principais idiomas do mundo (Português, Castelhano, Inglês, Italiano, Francês e Latim – o fundamentalíssimo Latim –, e Russo); três menores ou secundárias (Mirandês, Galego e Andaluz); e ainda o Grego, que nunca falou, mas no qual escrevia pequenas e simples frases.
Os períodos de mais intensa actividade, foram, como é óbvio, os correspondentes à paroquialidade, à capelania da Força Aérea, e ao ensino; e no campo literário, à publicação de dois livros: – “Rumo a Novos Horizontes” e “Cartas de Fogo e de Ternura”.
Todavia, como obreiro evangélico, obedecendo ao apelo de Jesus – “Ide e pregai o Evangelho a toda a criatura!” (S. Mateus, XXVIII, 19 –, sempre se esforçou, embora a maior parte das vezes, infrutiferamente, pela implantação do Reino de Deus entre os homens, lutando pela paz, pela harmonia, pela defesa da moralidade e da vida, pela equidade e pela fraternidade universal.