José Valentim Fialho de Almeida. Nasceu em Vila de Frades, concelho de Vidigueira, a 7 de Maio de 1857, e faleceu em Cuba no dia 4 de Março de 1911. Tendo concluído o Curso de Medicina, foi à escrita que inteiramente se dedicou e através dela se tornou uma grande figura da Literatura portuguesa.
Da sua vasta Obra fazem parte os títulos: Contos (1881); A Cidade do Vício (1882); Os Gatos (1889-1894); Pasquinadas (1890); Lisboa Galante (1890); Vida Irónica (1892); O País das Uvas (1893); Madona do Campo Santo (1896); À Esquina (1900). Postumamente foram publicados: Barbear, Pentear (1911); Saibam Quantos …(1912); Estâncias de Arte e de Saudade (1921); Aves Migradoras (1922); Figuras de Destaque (1924); Actores e Autores (1925); Vida Errante (1925); Cadernos de Viagem – Galiza, 1905, Compostela, 1996.
A Obra do Escritor traduz claramente o seu espírito crítico, mas também uma forte sensibilidade, grande imaginação e capacidade narrativa, e revela o seu amor à Galiza. A paixão pela Galiza foi absolutamente evidenciada nos 14 cadernos de notas que deixou, da sua 2.a viagem à terra mãe, e que, após publicação de 1996, tem a presente edição em Lisboa, 2022.
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Maria de Lourdes Bengala Carita Santos Silva nasceu em Marvão, Alentejo, no ano de 1946.
Licenciada em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa.
Exerceu as funções de Professora Efectiva do Ensino Secundário. Foi Leitora de Português na Universidade de Santiago de Compostela (1986 a 1991) e na Universidade da Corunha (1992-1998).
No âmbito dos estudos que desenvolvia para Doutoramento, trabalhou sobre Cader- nos de Viagem, Galiza – 1905, de Fialho de Almeida, cuja edição pela Laiovento, 1996, tem introdução e notas da sua responsabilidade.
Associação Cultural Fialho de Almeida
– A Associação Cultural Fialho de Almeida foi criada em 1998, tem sede em Cuba, Alentejo, e a sua principal finalidade é manter viva a memória do Escritor Fialho de Almeida e a sua Obra, divulgando-a e promovendo a leitura e exploração dos Textos, na convicção de que esta é a via para o conhecimento do Autor e motivação para futuras leituras.
É neste contexto que em 2022 promove, com a Colibri, a edição de Cadernos de Viagem, Galiza – 1905, em mais um contributo para o objectivo referido.