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Fernando Namora “e não sei se o mundo nasceu”

O preço original era: 15,00 €.O preço atual é: 13,50 €.

«Celebrando-se em 2019 o centenário do nascimento de Fernando Namora (1919-1989), desenvolveram-se em várias sedes actividades dando conta da efeméride, actualizando o estado da arte no que respeita à vida e à personalidade do escritor, incluindo a sua biografia e o seu percurso de cidadão e de profissional da medicina, conjugando elementos pessoais e contexto em que decorreu a sua vida literária. O Congresso Internacional Fernando Namora – “e não sei se o mundo nasceu” integrou se nesse esforço de renovada memória do Escritor, para tal reunindo os esforços conjugados de várias instituições, reforçando os laços firmes e já duradouros entre o Centro de Estudos Comparatistas (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), o Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira), a Associação Portuguesa de Escritores e a Casa-Museu Fernando Namora (Condeixa) (…) Salienta-se a indispensável relação de Namora com o contexto em que foi produzindo os seus textos: por um lado, interrogando a consciência histórica e de cidadania que perpassa a sua relação com o Neo-Realismo, daí resultando uma revisão de lugares-comuns que persistem e é necessário criticar; por outro lado, focando o crescimento do escritor-pessoa que vemos complexificando-se desde a evocação das suas origens aos tempos de Coimbra, à experiência do jovem médico e à maturidade que os modos de escrita vão demonstrando. Torna-se claro, por exemplo, que os géneros e subgéneros que praticou, sobretudo na narrativa mas também com incursões no registo da poesia, vemos Namora a percorrer uma paleta estilística muito ecléctica, sempre com resultados de alta qualidade a que os estudos de caso dão a devida atenção. A figura de Namora fica, esperamos, iluminada pelo halo persistente da sua actualidade como artista e como escritor, da sua inteireza e, sobretudo, da necessária recuperação do que escreveu para os escaparates (como vem sendo feito na reedição em curso das obras na Caminho, sob a orientação sábia e segura de José Manuel Mendes). A par de companheiros vindos da juventude e de outros que se lhes juntam ao longo do caminho, a paleta da literatura contemporânea em Portugal não pode dispensar o seu gosto firme, a sua escrita dúctil em todos os registos, o modo múltiplo do seu lugar cimeiro num século XX que nos dá rosto e consistência.»
[Paula Mourão]

Maria Paula Nina Morão (n. 1951) licenciou-se em Filologia Românica em 1974 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição onde se doutorou com uma tese sobre a escritora Irene Lisboa e uma tese complementar dedicada a António Nobre, e onde viria a desenvolver o essencial da sua vida de docência, académica e científica, fundamentalmente dedicada à Literatura Portuguesa moderna e contemporânea. Desde a publicação do livro resultante da tese de doutoramento, Irene Lisboa: Vida e escrita, cuja excelência foi de imediato reconhecida com a atribuição do Grande Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores (a que se seguiria o também galardoado estudo O Só de António Nobre – Uma leitura do nome, de 1991), Paula Morão levou a cabo um trabalho fundamental de ensino, edição e divulgação da obra da autora de Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma, tendo sido responsável pela organização dos dez volumes de que dispomos atualmente para um conhecimento aprofundado da sua produção escrita. Tratou-se de um tipo de dedicação crítica e textual que viria a expandir-se a outros autores e a domínios muito específicos, com particular importância no caso da escrita autobiográfica e das diversas práticas de auto-representação, campos nos quais se inscreveu uma boa parte do trabalho colaborativo, de docência e de orientação, que viria a intensificar na Faculdade de Letras, no seu Centro de Estudos Comparatistas e ainda em colaboração com o Centro de Estudos Clássicos.

Peso 0,600 kg
Dimensões (C x L x A) 1,3 × 16 × 23 cm

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