HELENA REBELO é docente na Universidade da Madeira (UMa), sendo licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Linguística Portuguesa pela Universidade de Coimbra. Realizou, na Universidade Aberta, uma qualificação em Ciências da Educação. Na Universidade da Madeira, doutorou-se em Linguística Portuguesa e desenvolveu, na Universidade de Aveiro, um pós-doutoramento. Está ligada ao CLLC da Universidade de Aveiro e ao CIERL-UMa. É membro de diversas associações, incluindo a Associação Internacional de Lusitanistas. Participa regularmente em encontros científicos, tendo múltiplos trabalhos publicados, incluindo livros (vide http://orcid.org/0000-0002-8345-9436). Em 2017, recebeu o Prémio Maria Aurora para a Igualdade de Género da Câmara Municipal do Funchal. Desde 2019, dirige o Mestrado em Estudos Regionais e Locais. Entre outras funções, coordena o Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da UMa, sendo vice-presidente da Faculdade de Artes e Humanidades.
As Saloias da Madeira
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O antigo trajo feminino – corpete branco, de linho, capa, jaleco e saia de vivas cores, com predomínio do vermelho, tem resistido muito mais aos caprichos da moda. Embora descoordenadas, sem a primitiva unidade de conjunto, estas ainda hoje fazem parte do vestuário de muitas camponesas da Ilha. Rigorosamente, este trajo, a que servem de complemento a bota chã e a carapuça, como nos homens, só o encontramos nas pequenas “saloias” que acompanham as insígnias do Espírito Santo, na visita pascal, e nas floristas que exercem o seu comércio à «Entrada da Cidade» ou junto da Sé (…).
[ANTÓNIO MARQUES DA SILVA (Apontamentos de Etnografia Madeirense)] ***
Esta investigação, relativa a uma manifestação de Património Linguístico e Cultural, incide no vocábulo “saloia”, ligado às “visitas pascais” e a merecer entrada dicionarística. A etimologia de “saloio” estará no árabe: “habitante do deserto”, tendo evoluido para “habitante do campo”. Hoje, é um etnónimo da área de Lisboa. Porém, na Região Autónoma da Madeira, sem claro correspondente masculino, “saloia” distingue-se de “camponesa”, “aldeã”, “viloa” ou “camacheira”. Em que diverge? É o que este livro demonstra. Nas localidades, os habitantes sabem por onde “anda o Espírito Santo” porque são uma realidade cultural antiga, as “corridas do Espírito Santo”. É a altura do “Divino” e muitas visitas incluem “saloias” (raparigas, com um cesto, preparadas especialmente para acompanhar as insígnias).
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