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Memórias de um Prisioneiro – na Guerra Colonial (Guiné Bissau/Guiné Conacri, 1967-1970) [2.ª ed.]

O preço original era: 12,00 €.O preço atual é: 10,80 €.

O presente livro parte da experiência de um militar português, António Júlio Rosa, na altura alferes do Exército que, tendo sido feito prisioneiro a 3 de Fevereiro de 1968, remete o seu relato para um período entre Janeiro de 1967 e o fim de Dezembro de 1970, conforme palavras suas. Contudo, o período relevante terá sido entre o dia em que foi feito prisioneiro pelas milícias do PAIGC e o dia 22 de Novembro de 1970, em que foi libertado da prisão La Montaigne, como resultado de uma acção realizada por um grupo de assalto de fuzileiros especiais da Marinha portuguesa sob o comando do signatário.

É uma obra que, à maneira de um diário, segue o fio dos dias e contrapõe permanentemente a situação deixada e a encontrada naqueles dias de cativeiro. Não pretende ser, exclusivamente, uma composição literária consistindo acima de tudo na anotação de factos vividos entre o sofrimento profundo fundado na “angústia, tristeza, nervosismo, rancor, medo e a alegria por ter sobrevivido e cumprido, dignamente, a sua função de cidadão”, uma vez mais de acordo com palavras suas.

RAUL CUNHA E SILVA (CMG FZ Ref.)

* * *

Não afirmo que, ao escrever este livro, esteja a recordar alguma faceta ambicionada da minha vida, já que foram quatro anos dum viver acabrunhado pelo desespero de não mais ser lembrado por quem me levara a uma guerra que nunca desejei. É um livro que escrevo a partir do que a memória guardou para dá-lo a conhecer aos meus contemporâneos e vindouros…

Os factos que vou apresentar reportam-se ao período compreendido entre Janeiro de 1967 e o final de Dezembro de 1970. São relatos baseados na memória, mas tentarei ser o mais preciso possível. Em “MEMÓRIAS DE UM PRISIONEIRO NA GUERRA COLONIAL” quero, sobretudo, transmitir à juventude o modo de pensar e sentir dum jovem de vinte anos, que após concluir o curso liceal se viu obrigado a cumprir o serviço militar, para poder encontrar um trabalho digno e uma vida futura minimamente estável.

Ao escrever, o meu estado de espírito foi passando pelas diferentes situações anteriormente vividas: angústia, tristeza, nervosismo, incerteza, rancor, medo e alegria por ter sobrevivido e cumprido, dignamente, a minha função de cidadão!…

O AUTOR

 

Nº Páginas:  172

Capa:  mole (16×23)

ANTÓNIO JÚLIO ROSA natural de Abrunhosa-a-Velha, povoação do concelho de Mangualde e distrito de Viseu, nasceu no dia 11 de maio de 1946.

Chegada a idade militar, seguiu para Mafra, onde frequentou o Curso de Oficiais Milicianos. Após o Juramento de Bandeira, entrou na Escola Prática de Artilharia, em Vendas Novas. Aqui tirou a especialidade de atirador de Artilharia.

Em 10 de dezembro de 1967, embarcou no semicargueiro, Alfredo da Silva, rumo à Guiné–Bissau. Desembarcou no dia 20 de dezembro de 1967.

Na madrugada do dia 3 de janeiro de 1968 passou a prisioneiro-de-guerra e levado para a Guiné-Conacri.

Na Guiné-Conacri permaneceu um longo e doloroso cativeiro, até 21 de novembro de 1970. Nesta noite, um grupo de fuzileiros comandado pelo Sr. Comandante Cunha e Silva que integravam a “Operação Mar Verde” concebida pelo Sr. Comandante Alpoim Calvão, (já falecido), restituiu os prisioneiros à liberdade.

Antes de escrever o livro nunca se referia ao cativeiro, mesmo em conversa com os familiares ou amigos. O trauma jazia na sua mente… Em janeiro de 2000, decidiu finalmente escrever o livro: “Memórias de um Prisioneiro de Guerra”. Foi a libertação dos problemas psicológicos que o atormentavam…

Faleceu no dia 6 de abril de 2019, em Lisboa.

MARIA DE LOURDES ROSA

Peso 0,300 kg
Dimensões (C x L x A) 160 × 230 cm

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