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Sipote. Uma aldeia do Pinhal – Memória do tempo comunitário [2.ª ed.]

O preço original era: 18,00 €.O preço atual é: 16,20 €.

Afirma Ivan Jablonka (Paris, 1973‑) que a História é uma literatura contemporânea, defendendo que é nisso que acredita, como uma via nova para contar o que aconte­ceu. Fechada desde o séc. XIX na procura de um método científico, terá desprezado a “forma”, acredita o autor, diminuindo a emoção e o prazer e criando obstáculos à compreensão completa do real.

Não foi tão longe esta aventura, ao contar-se a história de “Lucas” e da vida camponesa de uma aldeia perdida na encosta da ribeira da Isna, porque ficou a escrita di­vidida entre a narrativa ficcional e o ensaio. Mas, como se verá, uma e outra são apenas o resultante de formas diferentes do olhar, nenhuma delas mais informada que a outra.

Confiemos na mestria do narrador para desdobrar-se em ator (que ainda não deixou de ser) e contador de histórias, sabendo nós que viver e contar são coisas diferentes, cada uma para seu dia. E que a vida é sem­pre muito mais do que aquilo que se viveu quando nos dispomos a contá-la.

* * *

Resistiu o nome – Sipote, assim grafado desde que há memória documental (c.1527). Certo é que já houve épocas em que se lhe atribuiu o nome de Cipote em pla­ca toponímica e endereço postal, um termo castelhano pouco edifi­cante que, por certo, foi abando­nado por não ter correspondência com o nome original. Esse há de querer estar associado a sítio (“lugar”, “cidade”), como tantos outros em que o radical “ipo”, “ippo”, de origem orientalizante (tartéssica) se latinizou. Como aconteceu também em Olissipo, depois Lisboa.

 

Nº Páginas:  324

Capa:  mole (16×23)

LUÍS FARINHA reparte a sua vida entre o ensino, a investigação e a disseminação da história e da cultura portuguesa contemporâ­neas. Está agregado como inves­tigador doutorado ao Instituto de História Contemporânea (FCSH­-UNL). Dirigiu e editou a revista História (2002-2007). Foi Comissá­rio da Exposição “Viva a Repú­blica! 1910-2010” e da Exposição “Morte à Morte!”, (A.R., 2017). Dirigiu o Museu do Aljube Resis­tência e Liberdade (2015-2020). É autor de uma obra diversa no domínio da história e da cultura. Coordena atualmente uma cole­ção de biografias de deputados constituintes do período demo­crático (A.R., 2017-2023).

Peso 0,500 kg
Dimensões (C x L x A) 16 × 23 cm

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