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Casa do Alentejo. Cultura, Liberdade e Solidariedade – 100 anos

O preço original era: 40,00 €.O preço atual é: 36,00 €.

Ao reflectirmos sobre a longevidade desta instituição, muitas perguntas e respostas poderemos formular, sem que elas esgotem todo um campo de possibilidades que os inúmeros Autores desta obra nos sugerem, através da sua escrita, seja ela do género histórico, ensaístico, descritivo, biográfico ou literário. Certo é que a Casa do Alentejo é, desde os seus primórdios, uma tentativa de celebração da vida cultural dessa imensa região e, simultaneamente, um espaço de convívio e de entreajuda entre a comunidade altentejana residente em Lisboa. Acrescente-se o propósito de que, nesses tempos, alguns abnegados jovens estudantes, ainda que privilegiados socialmente, entenderam necessário, durante as suas férias nos locais de origem, levar um pouco da modernidade da capital, seja no campo político como no dos costumes, aos conterrâneos, que, na maior parte dos casos, viviam em extrema pobreza e sem horizontes para as suas vidas. Atendendo às mudanças sociais que aconteceram, nestes 100 anos, em Portugal, será de enaltecer a capacidade de entendimento e persistência de dirigentes e sócios, que, naturalmente, mesmo ante divergências políticas próprias desses contextos de profundas rupturas sociais, quiseram manter vivos os valores culturais e identitários e a Casa comum dos Alentejanos, que os preserva.

[Rosa Honrado Calado (Vice-Presidente da Casa do Alentejo) e Fernando Mão de Ferro (Editor)]

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Do outro lado do Tejo está o outro lado do sul. Esse outro lado do sul chama-se Alentejo. Aquele que é o meu, aquele que é o nosso, onde nascemos e para onde um dia regressaremos. Há coisas que o Alentejo tem e que não encontro em mais lado nenhum. O Alentejo são as romarias na primavera, e as procissões ao longo do campo. Os textos da antiga Grécia descrevem procissões assim. São tão antigas como este mundo do sul onde vivemos. O Alentejo é a vinha e o vinho, a oliveira e as azeitonas e o azeite, e a figueira. O sul é a cal e o branco mais intenso que existe. As casas eram de taipa, mas os regulamentos acabaram com as casas feitas por mestres construtores e passaram a tarefa a engenheiros e a arquitetos. Tudo se tornou igual. As casas antigas passaram a ser arquitetura vernacular. As telhas de canudo e os adobes são hoje quase só coisa das escavações arqueológicas. A tanta padronização resistiu, resistiu ainda, a força do Alentejo

[SANTIAGO MACIAS (Director do Panteão Nacional)]

REF: 9789895663194 Categorias: ,

Coords.: Rosa Calado e Fernando Mão de Ferro

Peso 2 kg
Dimensões (C x L x A) 4 × 23 × 29 cm

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