ALENTEJO[S]. A mais extensa e carismática região do “Portugal mediterrânico”. Onde a herança do cromatismo suave, a quase abstração dos horizontes, os extremos do clima, a rarefação populacional criaram uma espécie de “aura” da terra alentejana que se distingue do todo nacional. Desde o século XIX, nas páginas de muito[a]s do[a]s nosso[a]s escritore[a]s, esse Alentejo é por vezes personagem e sempre cenário e tema.
Que valor tem a ficção literária portuguesa como celeiro imaterial de memória do ambiente natural e eco-humano do Alentejo? Que imagens desse património nos lega[ra]m os romances, contos e novelas? Como podem acender a consciência ecológica, geográfica e climática nos leitores de hoje?
As investigadoras Ana Cristina Carvalho (Universidade Nova de Lisboa) e Albertina Raposo (Instituto Politécnico de Beja) reuniram em torno destas questões 19 investigadore[a]s, numa cooperação autoral e institucional dedicada ao Alentejo que é o resultado da análise de 23 obras de ficção de 17 escritore[a]s da Literatura Portuguesa.
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A coleção LITERATURA E AMBIENTE, inédita no panorama editorial português, foi pensada sob o signo da Ecologia Humana e da Eco- crítica: os seus estudos e reflexões valorizam em especial as imagens literárias da paisagem humanizada e da interdependência histórica entre o ser humano e os recursos naturais. Dentro deste eixo temático, cruzam-se as Ciências da Terra, as Ciências Sociais e Humanas e a Arte Literária. Os cinco volumes propõem-se à academia, mas vivem também da sua aptidão para cativar um público mais amplo, interessado e curioso.
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