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Amor e Vinho – Da Poesia Luso-Árabe à Nova Música Portuguesa (séculos XI-XXI)

O preço original era: 18,00 €.O preço atual é: 16,20 €.

Com a sensibilidade à flor da pele, o autor «desarma-nos» (digo, fascina-nos) ao falar de amor, vinho, música, poesia, e luta pela liberdade para nos conduzir, num percurso único, por caminhos pouco trilhados na História de Portugal.

É disso prova clara, a evidência posta na importância que teve, para a construção dos alicerces da nossa identidade, o espantoso fenómeno do encontro de civilizações operado ao longo de milénios no espaço mediterrâneo. ¶ (…)

Voltemos ao amor, ao vinho, e à poesia, que ao longo da nossa história foram alimento fundamental na vivência e sedimentação do que de mais nobre e enriquecedor a memória pode guardar num olhar longínquo sobre o nosso passado.

(…)

Quanto à poesia luso-árabe rios de amor e vinho, sem margens nem foz, inundaram a nossa memória e neles navegámos até aos nossos dias tendo por companheira a certeza de que o vinho vivo do amor é ambrosia que nós, deuses da nossa existência, teremos como alimento na eternidade libertadora da poesia.

[JANITA SALOMÉ]

*  *  *

O presente livro, para além da extensiva e preciosa informação sobre a influência poética árabe na Língua Portuguesa, ao longo da sua história, tem o aliciante de nos confrontar com a realidade de há muito conhecida mas que, nos nossos tempos, tende a ser esquecida e escamoteada – os portugueses são um povo resultante de diversos encontros étnicos ao longo de séculos de convivência entre si.

É destes encontros, por vezes pacíficos, por vezes de conflito, que somos descendentes, em maior ou menor grau. Esta constatação deveria ser argumento político e cultural contra os radicalismos que hoje proliferam, tanto no campo Muçulmano como no Cristão, e que tanto incitam à violência e à intolerância.

Mil anos de poesia em mais de 180 poemas, desde o século de Almutâmide, génese da nossa poesia lírica passando por D. Diniz, João Roiz de Castelo Branco, Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, Camões, Bocage, Pessoa, chegamos à Nova Música Portuguesa, onde destacamos Janita Salomé, Vitorino, Rui Veloso, Sérgio Godinho, Trovante, Luís Represas, Fausto, Brigada Victor Jara, Jorge Palma e João Afonso, «cantautores» e interpretes, que cantam o amor e o vinho, o sol, o sul e o mar da nossa expansão. A Poesia cantada assume aqui o elo agregador da nação portuguesa como aconteceu em momentos decisivos da nossa história: no século XIX, com Luís de Camões, no Ultimatum, ou com José Afonso, no 25 de Abril de 1974, com «Grândola Vila Morena».

 [FERNANDO MÃO DE FERRO]

EDUARDO M. RAPOSO nasceu em 1962 – Funcheira, Ourique. Com quase 5 anos rumou à Diáspora. Posteriormente, na inquietação do “ser português”, tem percorrido a utopia do imenso Sul. Assim chegou à escrita, há quase 40 anos – jornalismo e não só. Nos anos 80 iniciou intensa actividade de intervenção cultural e em 90 de investigação académica e associativista, que permanece, onde a busca da totalidade do ser e o belo estão presentes. Dirigiu/dirige revistas culturais (Memória Alentejana) organizou mais de 80 colóquios, tertúlias e encontros culturais, publicou 500 artigos e entrevistas na imprensa. Divulgou o «Canto de Intervenção» e o «Cante» em publicações científicas (Estudios Extremeños) e congressos internacionais (PHI CHAM, Sorbonne, 2019). Apresentou dezenas de espectáculos de música e poesia e fez conferências (Casa da Música). Organizou homenagens a Lorca, Urbano, Adriano, Almutâmide, Brito Camacho, Mestre Salgueiro e outros. Publicou seis livros: três biografias (Cláudio Torres, Urbano, Fonte Santa), dirigiu uma antologia poética, dois sobre o «Canto de Intervenção» e participou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX. Construtor de utopias e tolerante radical é Doutor em História da Cultura e das Mentalidades Contemporâneas e investigador do CHAM da FCSH/UNL. Integra a Comissão Cientifica do II Congresso sobre o «Cante», em preparação e está a desenvolver estudos sobre o «Cante» e as tabernas. Sacraliza a amizade e escreve como aprendeu…

Peso 0,600 kg
Dimensões (C x L x A) 160 × 230 cm

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